tag:blogger.com,1999:blog-77671084938825347472024-03-21T22:18:04.038-07:00eita vidinha mais ou menosMarihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-80860308174907687082010-12-10T07:29:00.000-08:002010-12-10T07:36:18.711-08:00O surgimento do belo<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq9S9bgsSXo-BerwNwcvsQN446EtcyXdeLCrCHAV4HJdywOeejUjW0tsxgZnqyX0IL-P3tHwKcEB30jpIWnpP66OE7KHSr5avWwoNJhTQV9coGa2x_lc8QyufdAqB2shHT2rGMUd455Q/s1600/anjobebado.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 226px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549077612511153314" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq9S9bgsSXo-BerwNwcvsQN446EtcyXdeLCrCHAV4HJdywOeejUjW0tsxgZnqyX0IL-P3tHwKcEB30jpIWnpP66OE7KHSr5avWwoNJhTQV9coGa2x_lc8QyufdAqB2shHT2rGMUd455Q/s320/anjobebado.jpg" /></a><br /><div align="center">Corria atras do ônibus, da comida, do cachorro, do passado.</div><br />E o que era aquilo de correr sempre em direção ao oposto, como se não quisesse encontrar? Podia ser medo ou desgosto. Se encontrasse, o que faria com aquilo? Decidiu sem perceber que fingiria tentar conquistar e simplesmente deixaria pra lá.<br /><br />Na manhã de domingo começou a faxina cedo, penteou o cabelo e, antes do almoço, era hora da feira. Compraria alface, beterraba, uma sandália e talvez garapa, mas não daria tempo. O filho em casa chorava sua falta.<br /><br />Correu.<br /><br />Casa limpa, filho alimentado, corpo limpo, corpo desejando. Mas era tudo tão corrido. Já chegaria o amanhã, que era dia de branco. Outra vez as mesmas coisas, que não poderiam ser deixadas para depois. O agora esperaria. Mas o corpo pedia.<br /><br />Colocou o filho para dormir, chamou uma babá, vestiu-se e saiu.<br /><br />Com o corpo gritando de sede, bebeu alguns copos de cerveja, dois de caipirinha e uma saidera as quatro da manhã.<br /><br />Voltando para casa se deu conta que diante da zonzeira, o belo surgia.<br /></div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-60541418015576826282009-11-16T23:43:00.000-08:002009-11-16T17:50:17.496-08:00O Encontro<a href="http://viniciussanfelice.files.wordpress.com/2009/03/balthus1.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 472px; CURSOR: hand; HEIGHT: 538px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://viniciussanfelice.files.wordpress.com/2009/03/balthus1.jpg" border="0" /></a><br /><div><br /><div>Aquele dia Joaquina saiu sem interesse e sem pressentimento. A possibilidade de qualquer encontro nem lhe passou pela cabeça, se ocorresse...não saberia.<br />Gatos passavam pela rua, lindos e peludos, com seus passos leves e precisos, audaciosos, corajosos, andam como se não houvesse mundo ao seu redor... como Joaquina queria ser um gato.<br />Destraída com os gatos que passavam um após o outro, repetidas vezes, parou, observou mais, desejou muito e não percebeu que alguém se aproximava. Aquela sombra ficou parada à seu lado, observando o que Joaquina fazia e olhava, ela nem percebia que alguém estava lá porque não acreditou na possibilidade deste acontecimento.<br />No instante em que resolveu tocar um dos gatos que agora roçava suas pernas, ao abaixar, aquela sombra que nem percebera que estava lá tomou forma e agarrou por trás, vendou-lhe os olhos e levou-a para um quartinho escuro.<br />Joaquina, neste ponto, já havia desmaiado e só acordou com um peso masculino sobre suas costas, notou que estava sendo violentada...abriu os olhos e viu que ele também levara para o cativeiro um dos gatos que a observava entre miados agudos.</div></div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-38400946556235977022009-05-17T15:03:00.000-07:002009-05-17T15:09:46.850-07:00Adeus borboletas e bolhas...<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX6ZPkpZSsO2SR4uuSHd0Fb53w3uPB_KqmzM_mZgPFLX19DaHgwkH7VGArvBzoNjdSHrxr6Iwv7-f9e8Db2fXas-8c_DeN-DW-HvO4voLNbw5hTWtOe3zWtLKIRiSXZpsd0UYHdD_CdA/s1600-h/borboleta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5336917537845322930" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 254px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX6ZPkpZSsO2SR4uuSHd0Fb53w3uPB_KqmzM_mZgPFLX19DaHgwkH7VGArvBzoNjdSHrxr6Iwv7-f9e8Db2fXas-8c_DeN-DW-HvO4voLNbw5hTWtOe3zWtLKIRiSXZpsd0UYHdD_CdA/s320/borboleta.jpg" border="0" /></a>Hoje não vou me render aos caprichos de minha vaidade.</div><div align="center">Hoje, vou me celebrar como alguém que perdeu,</div><div align="center">que aos poucos vai perdendo mais e mais, </div><div align="center">e perde-se inteiramente dentro de si,</div><div align="center"> pois é um labirinto</div><div align="center">Hoje, </div><div align="center">a vida me pregou uma peça,</div><div align="center">neste dia sonhei meu sonho mais triste,</div><div align="center">Vi que não recupero mais minha idade</div><div align="center"> descobri-me sem esperanças,</div><div align="center">sem sonhos, </div><div align="center">sem idéias.</div><div align="center">Não sou mais bolha de sabão,</div><div align="center">nem borboleta, </div><div align="center">nunca fui atiz, </div><div align="center">nem meretriz, </div><div align="center">nem nunca tive a beleza de Beatriz, </div><div align="center">uma moça doce que nunca vou ser</div><div align="center">Agora, </div><div align="center">dentro de mim</div><div align="center">Já não me encontro mais</div><div align="center">E não vou me preocupar</div><div align="center">Hoje</div><div align="center">A vida está assim</div><div align="center">Sem sonhos</div><div align="center">Sem imagens</div><div align="center">Somente desejos</div><div align="center">E o que me resta agora?</div><div align="center">Somente esperar</div><div align="center">Pode ser que nunca venha chegar</div><div align="center">Talvez nunca poderei alcançar</div><div align="center">Mas</div><div align="center">...</div><div align="center">Se acaso o acaso me encontrar</div><div align="center">...</div><div align="center">Eu me rendo</div><div align="center">Sem pestanejar<br /></div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-19223791569316679302009-04-10T20:19:00.000-07:002009-04-10T20:22:45.150-07:00A Recompensa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://rebelheartbr.files.wordpress.com/2009/03/mascara2.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 318px; height: 446px;" src="http://rebelheartbr.files.wordpress.com/2009/03/mascara2.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><span style="font-family: arial;">Ainda assim, por mais que o tempo passasse,e estivesse habituada ao trabalho, não havia para ela nenhuma recompensa. Lembrou-se que há tempos não tinha motivação para continuar, entretanto tinha consciência de que precisava.</span><br /><span style="font-family: arial;">Indo para o trabalho, às 05:30h da manhã, pensou novamente porque estava fazendo aquilo, porque havia acordado tão cedo, o que a motivava continuar a caminhada rumo a algo que nem sabia o que era...continuou andando e pensando.</span><br /><span style="font-family: arial;">Tropeçou, torceu o pé e quase quebrou o tornozelo. Desesperou-se: o que faria com uma perna quebrada? Como trabalharia?</span><br /><span style="font-family: arial;">Andou mais um pouco e a tormenta recomeçou, olhou para a bolsa, já estava agora no ônibus, mecheu em alguns pertences verificando se não havia esquecido nada, tentou ocupar a mente com outras coisas, tentou disfarçar o desapontamento das horas que estavam por vir, porém seu desespero aumentou quando percebeu tinha esquecido algo essencial para trabalhar.</span><br /><span style="font-family: arial;">Desceu do ônibus e andou devagar, como quem não queria mais chegar, sabia que precisava, que dali tirava seu sustento, mas não aguentava mais. Rodou um pouco pela cidade, esperou que algum boteco abrisse, entrou num qualquer e, para tomar coragem para o dia que surgia, pediu um bombeirinho, tomou numa golada só. Retomou o caminho...</span><br /><span style="font-family: arial;">Chegou ao trabalho as 07:30h da manhã, foi se trocar, colocou seu uniforme, prendeu o cabelo, pegou sua vassoura e espanador e logo foi arrumando o lugar onde iria começar dentro de poucas horas.</span><br /><span style="font-family: arial;">O lugar era fechado, não tinha vista para lugar algum, só havia a porta de entrada, não havia nenhuma janela, somente ar condicionado refrescava o lugar, ainda assim era muito incomodo. Havia também um carpete velho e empoeirado, assentos e no mais, só restava recepção e o batente.</span><br /><span style="font-family: arial;">Deu o horário de realmente trabalhar, fechou a porta, trocou novamente de roupa: Meia arrastão, bota cano alto, shorts curto, blusa regata, plumas e paetes, faltava o principal, o que a deixava incógnita, hoje não teria jeito, seria realmente vista, faltou sua máscara!</span><br /><span style="font-family: arial;">O primeiro cliente chegou, a música começou suave e ela começou dançar. À princípio, ele não notara falta de nada, ela na verdade nem via o rosto de ninguém, a música tocava suavemente quente numa cabine espaçosa. Ela dançava como um anjo, tirando peça por peça, seduzia-o sem mesmo o olhar.</span><br /><span style="font-family: arial;">Ao tirar a última peça ele a olhou no rosto e só então percebeu que estava de fato vendo a face da boa moça.</span><br /><span style="font-family: arial;">A dança acabou, ele foi feliz à recepção pagar pelo serviço, deixou uma gorda gorjeta e pediu que a recepcionista dissesse para a mocinha que esta era uma simples recompensa por tão belo rosto!</span><br /><span style="font-family: arial;">A recepcionista lhe deu o recado ao final do expediente, ela alegre, pegou o dinheiro e saindo do lugar foi direto a um bar vagabundo, chamou pelo garçon e lhe pediu: "Encha-me a cara, hoje tive minha recompensa!"</span>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-48094080452536110952009-03-11T11:40:00.000-07:002009-03-11T11:47:28.204-07:00Só por curiosidade!<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://lh5.ggpht.com/pontes.mr/R_6C3X4FrgI/AAAAAAAAAoI/zGL0qA6ax0Y/boate%5B7%5D.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 396px; height: 300px;" src="http://lh5.ggpht.com/pontes.mr/R_6C3X4FrgI/AAAAAAAAAoI/zGL0qA6ax0Y/boate%5B7%5D.jpg" alt="" border="0" /></a>A curiosidade era seu maior adjetivo. Para tudo tinha uma pergunta e maior do que isso uma dúvida, queria sempre saber o que tinha acontecido, onde tinha ido, quem teria visto e tudo mais.<br />O caso já se tornara obsessão, não conseguia dormir sem imaginar, matutar o que estava acontecendo naquele exato instante em que não estavam juntos. A dúvida a remoia, doia na alma. Ela sabia que era um problema, que aquilo poderia levá-la a um abismo, ao fim...mas estava fora de controle.<br />Ligou para seu celular...sem resposta, também ligara em casa, ele não estava. Ligou para o amigo do amigo...e nada. Começou a roer as unhas, e com o passar das horas, arrancou alguns fios de cabelo.<br />Na manhã seguinte, após uma longa noite de insônia foi até sua casa. Tocou a campainha e a simples demora de um minuto a mais para atende-la, já a deixou nervosa. Atendeu sendo beliscado...Não era ciúme, era curiosidade!<br />Mais uma vez...não era nada, saiu da casa dela e foi para um bar com amigos, a música alta impediu que ele ouvisse o celular tocar.<br />Não a convenceu.<br />Na próxima noite, não teve medo...Ele saiu da casa dela e logo foi seguido sem perceber. Entrou num lugar estranho, escuro e vermelho. Entrou no tal bar que nada tinha de normal. Meia luz, todo preto e vermelho, roupas de couro, pessoas seminuas, silhuetas, corpos, bocas, chicotes, correntes...Ela estava perplexa. Perdeu-o de vista.<br />Um bom tempo depois, de tanto procurar, acabou encontrando. Estava numa imensa cama de verniz roxa, rodeado de homens e mulheres semi nus, numa grande confusão de línguas e sexos.<br />Ele notou sua presença e para sua maior surpresa, o que deveria ser uma raiva profunda, era de fato uma excitação sem tamanho e sem controle. Antes que percebesse ela já estava no meio daqueles corpos todos. Sem pudor, sem remorso, sem curiosidade!<br />A relação melhorou depois disto!Ele comprou um chicote.<br /></div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-1981401653181552252009-02-15T20:16:00.000-08:002010-12-11T04:53:11.704-08:00Limpíssima<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0RBwawBRcAbaMfeAK-3FnI54M4bWCzKcKb6qOxsCn735ukcDcZTBnUIProCQyrzZe-jrfqf3keJBTTqcKRGYtD_YviFxbdR7f3h735vjV1622C9WhhRYHDlwSFI1H7uiPMp4koNWEOw/s1600/pin+up.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 300px; DISPLAY: block; HEIGHT: 300px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549406897578123234" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0RBwawBRcAbaMfeAK-3FnI54M4bWCzKcKb6qOxsCn735ukcDcZTBnUIProCQyrzZe-jrfqf3keJBTTqcKRGYtD_YviFxbdR7f3h735vjV1622C9WhhRYHDlwSFI1H7uiPMp4koNWEOw/s320/pin+up.jpg" /></a><br /><div><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://inresumo.com/wp-content/uploads/2008/06/empregada.jpg"></a></div><br /><div></div><br /><div>Estava casada há 24 anos e, durante todo este tempo, tudo que tinha feito, era ter sido uma boa esposa, ótima mãe e de 16 anos para cá adquiriu a mania de limpeza.<br />Passava pano no chão pelo menos 4 vezes ao dia em cada comodo da casa, o banheiro era lavado duas vezes, nunca deixava a roupa para lavar no final de semana, via que estava suja e já lavava, não havia pó em nenhum canto da casa, tudo era brilhante, organizado, perfeito.<br />O marido era um bom homem, trabalhador e ótimo pai. Vez ou outra tomava sua pinguinha, mas nada de alterações, sempre modorado. Ficava encucado com as atitudes da mulher, chegava ter medo de entrar na sala usando sapatos ou chinelos, procurava não sujar roupas de modo algum, ficava preocupado com tudo que fosse fazer, evitava o mínimo de desorganização.<br />O sexo por sua vez, era o mesmo da rotina dos dois. Não mudavam a posição, mal tiravam a roupa e sempre que acabava, ela procurava qualquer vestígio de sujeira, e se encontrava, a briga durava horas noite a fora.<br />Com toda esta obsessão por limpeza, o marido aos poucos foi deixando de procurá-la, sempre tinha uma desculpa na ponta da língua. Verdade era que a mulher não era lá aquelas coisas na cama, mas nunca negou que gostava bastante, pois ela o cobrava, mas o ato sexual se tornara incomodo para o marido.<br />Desde o início do ano, ela vinha planejando a comemoração do 25º aniversário de casamento, fizera listas para tudo, desde convidados até horários de servir e limpar. O marido acompanhava tudo de longe, procurava não se intrometer e deixar que a mulher resolvesse tudo a sua maneira. Porém, isto tudo o deixava cada vez mais infeliz com a situação.<br />O dia chegara e a casa estava um brinco. Os convidados iam chegando e ficando um a um impressionados como a esposa, após 25 anos de casada ainda conseguia manter a casa como se fosse de boneca, ela orgulhosa dizia que era parte dela, que gostava dela assim e que tinha a colaboração do marido. Isto tudo o fazia odiar cada vez mais.<br />Cada passo que os convidados davam, lá estava ela atrás para arrumar, até ela se incomodou, viu que aquela mania estava insuportável, mas era mais forte que ela, pois não parava.<br />Fim de noite, casa vazia e ela sedenta de amor. O marido já ia disfarçando, dizendo que estava cansado, com sono e, a cada desculpa ela ia se enxendo de raiva e tristeza. Abriu uma garrafa de vinho, e como não estava acostumada a beber, na primeira taça já ficara bem alterada. A intenção era acabar com a garrafa toda, mas no segundo copo mal se mantinha de pé.<br />Se encheu de coragem, subiu as escadas e abriu a porta do quarto já tirando a roupa para o marido. Ele quase não ligou, pois não queria que fosse sempre a mesma coisa, só de imaginar o que aconteceria no final, não se empolgava com o começo. Ela, mesmo percebendo o que estava acontecendo, fingiu que não viu e foi logo para cima dele. Ele tentava desviar, mas seu corpo reagia, ela aproveitou a situação e se transformou. Deixou de ser a mulher comportada e passou a ser uma devassa.<br />O marido se assustou, mas aproveitou a situação, mesmo sabendo que a briga poderia ser mais longa que o normal aquela noite. A mulher, de tamanha empolgação, implorou que ele a xingasse de tudo que fosse mais sujo, que a sujasse com palavras e saliva, ele obedeceu as ordens da mulher e ao final de tanto xingamento e na explosão de sabores, ele grita "PUTA".<br />Ela gozou feliz e não limpou a cama.</div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-26002439245814612242009-02-04T18:36:00.000-08:002009-02-04T18:50:09.381-08:00Cinema e realidade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.croisiere-sur-seine.com/images/cinema-bobines.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 150px; height: 160px;" src="http://www.croisiere-sur-seine.com/images/cinema-bobines.gif" alt="" border="0" /></a><br /><br /> Desta vez não vou fazer poesia nem conto...vou dar uma de crítica, ou poderia dizer, mera curiosa, sendo que não tenho autoridade para falar nem julgar o trabalho de tão brilhantes artista. Falo de Claudio Assis (Diretor de "Amarelo Manga" e "Baixio das Bestas") e Mateus Nachtergaele (ator e agora diretor de "A festa da menina morta").<br /> Digo curiosidade por se tratar realmente da vontade de saber até que ponto a arte imita a vida.<br /> Estive pensando como o cinema trata da realidade, se esta é sua finalidade e qual a necessidade de mostrar algumas coisas no cinema que de repente nem são necessárias, bastava a insinuação, se realmente fosse importante para a situação.<br /> Bom, ambos os diretores em muito me agrada, admiro o trabalho deles e os respeito como bons profissionais de suas áreas. A atuação do Mateus é brilhante, ainda não vi o filme que dirigiu, e a direção do Cláudio, é fabulosa, consegue extrair dos atores o que há de mais sombrio em cada um.<br /> Em "Amarelo Manga", a preocupação do diretor é tratar da periferia do Recife, deixa de lado a parte bonita do lugar, nem passa perto da telona o paraíso terrestre que aquela terra pode ser para mostrar o que de obscuro tem em cada um dos moradores de um pulgueiro chamado Texas Hotel, um dos personagens, vivido por Jonas Bloch, faz o papel mais bizarro, ele gosta de matar o que já está morto, compra cadávares para ficar atirando neles, e a cena mais bizarra é quando ele passa o dedo num cadáver e depois experimenta, como se provasse uma comida. A pergunta é: embora a atuação tenha sido perfeita, em qual momento era necessário isto? Em qual parte do filme teria feito falta esta cena se ela não tivesse ocorrido? Aí que complica, qual a intenção do diretor?<br /> N'O Baixio das Bestas, o título é claro, ele transforma homens em bestas, e de fato o filme inteiro é deste jeito, a podridão humana é levada ao extremo, mas num dado momento, há uma cena de estupro, onde creio que por bom senso, não foi revelado a carne, mas ficou somente na sombra, mas percebeu-se claramente o que ocorria, uma prostituta é estuprada brutalmente por mais ou menos cinco rapazes,e o instrumento utilizado para estuprar foi um pedaço de pau. Oras! Pra que isso? Não creio que houvesse aí a necessidade de mostrar este tipo de coisa. Ele conseguiu chocar, quando assisti ao filme quase saí da sala, mas como sou louca por cinema, permaneci. E, apesar de assistir o filme até o fim, não consegui encontrar nada que obrigasse esta situação. Certo é que há uma cena em que Mateus Nachtergaele olha para a camêra e diz como se dissesse diretamente para o expectador que "o bom do cinema é que você faz o que quizer".<br /> Dado esta frase, que é muito interessante, o que o diretor quiz dizer? será que ele tem vontade de fazer tudo aquilo e não o faz porque a vida real não permite? Muito estranho.<br />Não to falando de moral e bons costumes, mas da necessidade ou não de algumas coisas que talvez não devessem ser levadas para a 7ª arte.<br /> No filme "A festa da menina morta", tem outra cena, que ainda não vi, mas li a respeito, que há uma situação de incesto entre pai e filho. O pai sodomiza o filho. O pessoal de Cannes se assustou e saiu no meio da exibição. Deve ser um grande filme, mas bato na mesma tecla: "Pra que isso?". Será que o momento pediu uma coisa tão absurda? Não estou afirmando que isto não acontece...sei lá, deve acontecer em algum lugar por aí, mas mostrar isto no cinema é necessário?<br /> Será que a arte tem que contemplar a realidade, tipo, será que o cinema deve mostrar coisas da vida? Por que se for assim, este tipo de cinema não está contemplando nem uma situação nem outra. E, ainda se for assim, por que ser assim? O cinema não deveria tratar da realidade, cinema é cinema e pronto. Aquilo das telonas não é real<br />Bom, pode ser que a arte não precise de necessidade para se colocar, mas uma sodomização de pai e filho? Oras, não vejo isso como coisa a ser mostrada numa demonstração artística.<br />O que estou tentando dizer é que o cinema tem a finalidade de mostrar em imagens movimentadas o que a princípio eram só fotografias, imagens paradas, coisas assim, daí quando começam a movimentar as imagens, trazem pra ele qualquer coisa, tudo que é possível, desde coisas idiotas, como um super herói besta no meio de Nova Iorque, coisa que não se ve nunca na vida real, como coisas do tipo que citei acima, que nem sei se acontece...mas até que ponto é necessário este tipo de situação.<br /> Alguns estudiosos dizem que a função do cinema é alienar, outros que é de despertar um senso crítico no expectador... Imaginem estes estudiosos vendo estes filmes? Qual seria a reação de cada um. Talvez o primeiro dissesse que isto incentiva a violência e o segundo, por sua vez, argumentaria que a violência diminuiria em função de achar o absurdo em cena. Mas qualquer um dos dois poderiam dizer que, embora tenha havido ótima atuação e direção (talvez eles diriam mesmo isto), o mesmo choque poderia ter sido causado de outro jeito sem ter que mostrar de forma tão cruel e banal a relação incestuosa de pai e filho.<br /> Se o cinema tem somente a preocupação artística, sodomização incestuosa não creio ser arte, se o cinema for a arte imitando a vida, por sorte, não vivemos isto todos os dias ou, ainda se for assim, deixemos o cinema de lado e vejamos um tele jornal, por que daí é a realidade pela realidade, sem querer florear um negócio que só de ouvir falar já dá "coisas".<br /> Enfim, amo cinema, vou assistir ao filme, mas acho que o cinema é pura arte e assim deveria ser tratado, não levado para este lado como se houvesse sempre a necessidade, mesmo que a situação não esteja pedindo a cena em questão, de chocar quem assiste, ou se o choque se faz necessário, porque pode acontecer, que ele não seja trabalhado desta maneira. Devem haver outras possibilidades.Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-91676321063793502972009-01-25T17:20:00.000-08:002009-01-27T18:48:39.919-08:00E a foda os levou...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://img368.imageshack.us/img368/4802/olgasinclairmg8.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 415px; height: 533px;" src="http://img368.imageshack.us/img368/4802/olgasinclairmg8.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Ele começou como quem não quer nada, acariciar-lhe pés, pernas e boca...A cada ida e vinda de suas bem feitoras mãos, um suspiro quebrava o silêncio.<br />O tormento dos movimentos era fato...algo estaria para acontecer. Sua mente trabalhava freneticamente na busca do próximo ato...e assim foi indo até não aguentar mais.<br />Subiu em teu corpo morno, beijou tua boca fria, espetou-lhe boca adentro sua lingua e pediu mais, e mais e mais, porém, o "mais" não chegou.<br />Maria continou quieta, profunda, não sabia o que fazer, por mais que pensasse em fazer, teu corpo não reagia. Ela queria, sim, queria muito, mas não dava, por mais que tentasse. Algo externo a impedia de continuar e de permitir também. Alfredo já estava impaciente, ela podia sentir com clareza...O que era um suspiro excitado, passou a ser um grunhido impaciente.<br />Ela tremeu.<br />Ele pensou que talvez não estivesse fazendo da maneira correta, que não estava deixando a pobre e pura Maria tranquila. Ficou triste, se sentiu incapaz.<br />Maria desesperada por não conseguir e infeliz por sentir que Alfredo estava também muito triste, tratou logo de relaxar, embora soubesse perfeitamente que não conseguiria.<br />O que queriam não era nada demais, pensaram, afinal era algo planejado a tempos. Era bem simples...<br />O plano era este:<br />"Seremos um num mesmo dia e trataremos que seja a primeira vez para ambos. Seremos isto uma única vez e ficará para sempre. Nunca mais voltaremos a fazer, e também não faremos com mais ninguém. Para que sejamos apenas nós mesmos os nossos pares, não permitiremos sequer que algum outro nos veja outra vez, não nos permitiremos mais ser desejados por outras pessoas. Se nos tocássemos novamente, não mais seria puro como a primeira, seríamos o oposto do que somos agora, portanto não nos interessa mais...Só há uma solução: Será primeira e última para sempre, após isto, não mais seremos".<br />Maria não conseguia relaxar, ficava cada vez mais fria, já formigavam suas pernas e seu pulso, sentia, estava cada vez mais fraco. Alfredo que já sentia o mesmo, desesperou-se com a possibilidade do tempo acabar antes que terminassem...<br />Não deu tempo.<br />A irmã mais velha de Maria entrou no quarto e viu um mar de sangue, pulsos cortados e corpos nus sob a colcha branca.Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-41895486238570926242008-12-23T20:37:00.000-08:002008-12-23T20:57:11.806-08:00Quando<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://euemeueu.files.wordpress.com/2008/07/raiva.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://euemeueu.files.wordpress.com/2008/07/raiva.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Quando não tiver mais jeito<br />Quando tudo que vier for fim<br />E não houver mais como<br />Não houver jeito nenhum<br />Vou procurar<br />Na puta que pariu<br />Num bar aberto,<br />Com uma garrafa de vinho barata<br />Vou procurar na embriaguez de um dia dia abafado<br />Uma coisa que me faça enxergar<br />Uma coisa que me deixe ver<br />Mesmo caída<br />Derrotada<br />Perdida<br />Com um cão vira-lata me lambendo a boca<br />Vou procurar um motivo<br />Dar um chute no saco do cão<br />Mandar tudo pra casa do caralho<br />Buscar dentro do meu coração<br />...<br />E quando o quando chegar<br />Dentre todas as coisas possíveis<br />E impossíveis<br />...também....<br />Eu encontrarei aquilo que nunca<br />Nunca, mas nunca mesmo<br />Saiu de dentro de mim<br />...<br />E quando tudo voltar<br />Quando o belo dia chegar<br />Estarei lá<br />Pronta para mostrar<br />O que jamais poderá negar:<br />Esta coisa louca que é amar....Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-51580412583332577872008-11-11T14:08:00.000-08:002008-11-11T14:32:13.953-08:00Sem fim do fim...<a href="http://metadedemim.blogs.sapo.pt/arquivo/fim.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 389px; CURSOR: hand; HEIGHT: 343px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://metadedemim.blogs.sapo.pt/arquivo/fim.jpg" border="0" /></a><br /><div><br />Era um domingo. Domingo a tarde de um sol quente, ardia a alma, os olhos e a boca. Havia nuvens carregadas no céu, mas nada que impedisse a claridade de tudo que acontecia.<br />A tarde passava lenta, dolorosa, nunca acabava...e quando acabou: desmoronou. Acabou o domingo, o sol, não teve estrelas, nem lua. Parecia noite de bruxa, tudo escuro, quente e vento forte, calado.<br />Depois de tanta dor, o correto seria sentir mais dor. Foi o que houve: mais dor, choro, desespero. Uma dor tão forte, que nem o corte fundo no pulso curava. Uma dor tão forte, quem nem todo vômito do mundo pode arrancá-la de onde estava.<br />Assim caia a madrugada de insonia, que nem a masturbação mais leve poderia curar. Houve um grande momento de pranto...tantas lágrimas que rolavam que cegou, não se podia ver nem a escuridão. As lágrimas salgaram mais ainda a boca, tapou os ouvidos, molharam os seios, mas não lavou o coração...a dor não passava.<br />Era assim que corria a madruga. Arrastada, cambaleante, perdida entre uma cochilada e um pesadelo. Indecisa entre a dor do pulso cortado e a ferida do peito aberta. As moscas começam a botar larvas no corte. Impossível saber em qual machucado, mas elas já devoravam cada pedacinho de carne, cada gota de sangue que rolava. Nem com toda esta dor a lembrança parava de atormentar.<br />A lembrança atormentou tanto que o óbvio apareceu: as lembranças surgiam de um lugar que não era no peito, nem nos dedos, nem no sexo, nem no pulso. Tampouco da garrafa de vinho vazia, do resto de fumo, do pouco de pó que restara. Ela simplesmente surgia. Vinha de um lugar que deveria ser calado, que o corte profundo deveria ter suplantado...<br />O corte não deveria ser no pulso. Era a cabeça que não parava. Ela que forçava a lembrança dolorosa de um domingo inacabado, de uma madrugada sem fim, da impossibilidade do amanhã, da chuva maneira, tinhosa, de verão inesperado que caia lá fora quando ninguém sabia dela, quando todos dormiam tranqüilamente esperando o dia de branco. Era a cabeça, ela que precisava ser calada, e não o pulso, que carinhosamente ajudava manejar os dedos que acariciavam o sexo na tentativa de obter algo semelhante ao desespero das nuvens carregadas que não tapavam o sol.<br />Então aconteceu... a lembrança foi calada, deixada. A lamina passou tão fundo na memória, doeu tanto e insuportavelmente, que rapidamente veio o escuro total e tudo ficou trancado dentro do quarto vazio, escuro...esquecido.</div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-44548566918129123802008-11-08T12:53:00.000-08:002008-11-08T13:16:57.967-08:00Partiu...foi-se!<a href="http://www.vadiando.com/archives/ampulheta.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 280px; CURSOR: hand; HEIGHT: 208px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.vadiando.com/archives/ampulheta.jpg" border="0" /></a><br /><div>Outra vez...Outra vez e mais uma vez o tempo </div><br /><div>Que passa, deixa marcas, lembranças...saudade</div><br /><div>Saudade de tudo que passou. Do vento batendo na cara, </div><br /><div>Vontade de apagar as mancadas. De dar denovo aquela trepada</div><br /><div>Dar risada</div><br /><div>Saudade....Saudade é foda</div><br /><div>Ela nunca passsa</div><br /><div>Mas dá uma vontade....</div><br /><div>Vontade....isto é triste</div><br /><div>Quando é ímpar, solitário</div><br /><div>Bela merda ter vontade, saudade...</div><br /><div>Passou!!...</div><br /><div></div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-74850364889457236792008-10-21T15:32:00.000-07:002008-10-21T15:41:10.509-07:00tão longe...tão pertoO perto que chegamos de nós mesmos<br />É o mais distante que ficamos do mundoMarihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-6795396210519809922008-08-04T12:38:00.000-07:002008-08-04T12:43:23.365-07:00Entregue a Deusa<div align="center"><em>Sou Sade e Venus</em></div><div align="center"><em>Em toda sua beldade</em></div><div align="center"><em>E maldade</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou fada selvagem</em></div><div align="center"><em>Com ares de anjo torto</em></div><div align="center"><em>Com dores e tormento</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou santa </em></div><div align="center"><em>Beata</em></div><div align="center"><em>Suja</em></div><div align="center"><em>Inventada</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou tudo</em></div><div align="center"><em>Em tudo</em></div><div align="center"><em>Por tudo</em></div><div align="center"><em>Quase nada</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Conheço pecados</em></div><div align="center"><em>Adoro malvados</em></div><div align="center"><em>Bebo à minha desgraça</em></div><div align="center"><em>Uma eterna apaixonada</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou fiel amante</em></div><div align="center"><em>Única e exclusiva</em></div><div align="center"><em>De meu grande amado</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou isso</em></div><div align="center"><em>E aquilo</em></div><div align="center"><em>E tudo o mais</em></div><div align="center"><em>Mas antes de tudo...</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou mais e menos</em></div><div align="center"><em>Com devaneios</em></div><div align="center"><em>Com alucinações</em></div><div align="center"><em>E cheia de perdões</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou sádica</em></div><div align="center"><em>Afrodisíaca</em></div><div align="center"><em>Mal amada</em></div><div align="center"><em></em> </div><div align="center"><em>Sou eu em mim...</em></div><div align="center"><em></em> </div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-16277957139055247052008-06-01T11:13:00.001-07:002008-06-01T11:14:24.940-07:00Ode ao burguês!Eu insulto o burguês! O burguês-níquelo burguês-burguês!A digestão bem-feita de São Paulo!O homem-curva! O homem-nádegas!O homem que sendo francês, brasileiro, italiano, é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!Eu insulto as aristocracias cautelosas!Os barões lampiões! Os condes Joões! Os duques zurros!Que vivem dentro de muros sem pulos,e gemem sangue de alguns mil-réis fracospara dizerem que as filhas da senhora falam o francêse tocam os "Printemps" com as unhas!Eu insulto o burguês-funesto!O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!Fora os que algarismam os amanhãs!Olha a vida dos nossos setembros!Fará Sol? Choverá? Arlequinal!Mas à chuva dos rosaiso êxtase fará sempre Sol!Morte à gordura!Morte às adiposidades cerebrais!Morte ao burguês-mensal!Ao burguês-cinema! Ao burguês-tiburi!Padaria Suíssa! Morte viva ao Adriano!"— Ai, filha, que te darei pelos teus anos?— Um colar... — Conto e quinhentos!!!Más nós morremos de fome!"Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!Oh! purée de batatas morais!Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas!Ódio aos temperamentos regulares!Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!Ódio à soma! Ódio aos secos e molhadosÓdio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,sempiternamente as mesmices convencionais!De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!Dois a dois! Primeira posição! Marcha!Todos para a Central do meu rancor inebriante!Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!Morte ao burguês de giolhos,cheirando religião e que não crê em Deus!Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!Ódio fundamento, sem perdão!Fora! Fu! Fora o bom burguês!...<br /><br /><br />Viva Mário de Andrade.... isto é dele, claro!Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-56267965799772395132008-05-11T15:53:00.001-07:002008-05-11T15:53:55.434-07:00Pois é, não é?"O sonho acabou"...E o ruim é quando acorda e vê que tudo não passava mesmo de um sonho, bom ou ruim, tanto faz, mas era sonho...Terrível é perceber que foi enganado este tempo todo, que sua mente produziu materialmente ilusões que não valem nada e que até pouco tempo atras valia tudo. O tempo passou, não vivi, não fiz e nem aconteci, continuei sendo nada, passando por nada e rumo ao nada, sem nenhum sentido palpável para qualquer conquistação feliz, ou infeliz, não faz diferença, o problema é que era rumo ao nada.Acordei, olhei bem e não acreditei no que vi: um incrível vazio, bobo e feio! Sem ilusões, sem perturbações, sem calafrios, sem arrepeios, sem nada, mas nada mesmo.E é só isso, isso que é mundo real, que é vida mesmo, sem tirar nem por, sem motivo, mas vivendo, porque descobri que basta continuar vivendo, sem necessidade de tentar conquistar algo, basta continuar.... Para onde ou para quê?? Pouco importa. No que isto vai dar?? Se der tudo certo, em nada! Então, foda-se.Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-52856998752098655682008-04-17T14:24:00.000-07:002008-04-17T14:42:41.340-07:00O danado do tempo.<div align="center">O tempo é o amigo cruel de todas as horas, nos tic-tacs que passam e ressoam incessantemente, não dá treguas e nem pede licença para passar. As rugas e os fios de cabelos brancos são amostras sinceras de que passou, se fez, fez, se não fez, equece, porque ele tem um cabresto, rédias e afins, mas não tem quem o guie. Ele é guia de si mesmo e não se permite voltar atras...</div><div align="center">O problema é que neste passar incessante e descontrolado, a vida passa junto, e quando vemos...pronto! Já se foi mais não sei quantos anos. </div><div align="center">A vida continuou, é verdade...ah, mas tão vazia e besta. </div><div align="center">O pior mesmo do tempo é que ele não tem o bom senso de apagar as lembranças que ele mesmo foi construindo enquanto passava e, de certa forma, nem aconselhou que o aproveitássemos. Certo é que ouvimos este tipo de conselho o tempo todo, mas como se aproveita o tempo? </div><div align="center">Ainda sinto alguns abraços, todas palavras de carinho que falamos, até as brigas que tivemos. Lembro das noites que dormi no sofá e acordei na cama coberta com todo carinho, e sabia que tinha sido ele, lembro de um monte de coisas boas e ruins... mas não acho que tenha aproveitado. </div><div align="center">Já se passaram tanto tempo e ele não pára, e pelo jeito, vai longe, e as lembranças vão continuar me corroendo, me mostrando, dia após dia, que eu fui estúpida, que deixei de amar o suficiente o homem que mais me amou, e pelo óbvio, foi embora sem olhar para trás, que foi embora sem que eu tivesse a chance de me despedir.</div><div align="center">Agora, o danado do tempo me joga na cara todos os dias que eu sou patética, que sempre fui, e que jamais terei a chance de concertar tantas coisas bobas que fiz ao longo da vida. Não terei a chance de pedir desculpas, não terei oportunidade de abraçar novamente, nem beijar, nem conversar, nem nada...e ele não pára. </div><div align="center">Meus cabelos já estão ficando brancos, daqui a pouco vem as rugas, e assim vai seguindo, o tempo deixando suas marcas, marcando e cutucando e, não terei a oportunidade, nunca mais, de mostrar nem demonstrar tudo que há de mais honesto em mim e, quando tive a chance, a desperdicei com dores de cabeça, com bobagens que passaram, e que eu nem me lembro, e as lembranças que eu gostaria de ter, o tempo não me deu tempo para faze-las.</div><div align="center">Ele se foi e levou com ele tudo.</div><div align="center"> </div><div align="right">Em memória de meu querido pai!</div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-84779269419557188222008-03-25T18:12:00.000-07:002008-03-26T16:37:09.397-07:00A função simbólica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIysxGa6qPz7NByek1L2QhMCwszMSCvmoD9YPRO3gWwM3GOzSh2_EXF1U0_FGaX5ujIAHNmsm0r76Reb_GT95YbUfdXpORKClZY-hDU2TjlmCj1SLLbzSEpzGwIp5QNLvBybj73gbZNQ/s1600-h/barata.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5182198413288669042" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 365px; CURSOR: hand; HEIGHT: 279px; TEXT-ALIGN: center" height="204" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIysxGa6qPz7NByek1L2QhMCwszMSCvmoD9YPRO3gWwM3GOzSh2_EXF1U0_FGaX5ujIAHNmsm0r76Reb_GT95YbUfdXpORKClZY-hDU2TjlmCj1SLLbzSEpzGwIp5QNLvBybj73gbZNQ/s320/barata.jpg" width="285" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div>Na verdade não estou muito certa de muita coisa, mas vou me arriscar. Estive pensando muito na função simbólica da linguagem literária, vou citar exemplos mais especificos para que a conversa fique mais centralizada: "A paixão segundo GH" (CL) e "A metamorfose" (FK).<br />Bom, ambos reduzem a existência humana a uma simples "barata", e o que esta barata simboliza? Vejo claramente uma denuncia afiada da burguesia, todas suas angústias, tristezas, insatisfações e maior ainda, uma verdadeira decepção com a condição de burguês, principalmente na obra de Clarice Lispector.<br />Os símbolos neste textos tem a função de nos mostrar, mesmo que "escondidinho" uma coisa que não parece fazer sentido: "Como pode uma pessoa com dinheiro, com uma vida material sólida, ou até mesmo, uma pessoa que ainda tem a crença de que se trabalhar muito terá sucesso e crer nisto tão vivamente a ponto de continuar trabalhando e não perceber que não recebe nada em troca, achar que não passamos de insetos rastejantes e asquerosos". É disso que estou falando, ou melhor, que os autores falam.<br />Esta é a função simbólica através da literatura colocando às claras, mas de maneira deliciosa, o mundo perdido em que vivemos, que o mundo farto e cheio de bens materiais que temos a esperança de ter, não passa de uma ilusão capitalista afim da escravização da mente em prol de ricos que fazem esta lavagem cerebral. O que é melhor nos textos é que podemos tomar isto como ponto de partida para uma coisa maior que é a denuncia total deste sistema falido que muitos ainda depositam fé, é através dela que temos uma pontinha de esperança que as coisas podem mudar.<br />A compreensão dos símbolos não matam só a curiosidade, mas, a partir de sua compreensão podemos ensinar aos outros o poder da linguagem, como podemos mudar, se não todo, pelo menos parte do sistema.</div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-65578350991168969122008-02-22T14:13:00.000-08:002008-02-22T14:18:01.975-08:00Mas que merda!!!Esta vidinha é bem mais ou menos mesmo, né?<br />Estive pensando: como pode um negócio destes, um convite vir com uma condicional, não dá para acreditar. Não quero crer que sou uma vendida, que faria qualquer coisa pra ver meu nome publicado num livro logo abaixo de um conto que supostamente foi escrito por mim. Digo supostamente pois, depois de tantas mudanças sei que não é mais meu, mas para quem conhece, não irá me reconhecer nas entrelinhas.Não posso supor que a minha vidinha é tão mais ou menos que vou me vender por este preço, não sei se quero fazer isto só por um prazer tão passageiro destes.Até que ponto podemos chegar? Não, me recuso... prefiro ficar em casa tomando uma boa xícara de café ao ir no lançamento de algo que não é meu!!!Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-20350597134454983642008-02-08T14:23:00.000-08:002008-02-08T14:24:17.313-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvIlyPyxnce1nTR_p0kFV-fG3URE83pa0z-oZSUPv3XTfSMevNkzUci0YbG-5ZZqWyULoq72UFN0wKcpUodofv9a1JoU_SQsfq2uy14FV1Qh26Stb_uRqIVY0iWD8NUi-BW7QFBCPIjw/s1600-h/clarice.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5164738719531800802" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvIlyPyxnce1nTR_p0kFV-fG3URE83pa0z-oZSUPv3XTfSMevNkzUci0YbG-5ZZqWyULoq72UFN0wKcpUodofv9a1JoU_SQsfq2uy14FV1Qh26Stb_uRqIVY0iWD8NUi-BW7QFBCPIjw/s320/clarice.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-28638626243719618992008-01-09T08:00:00.000-08:002008-01-09T08:06:28.071-08:00a mulher e a galinha<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAOYp4ez_up-AIfoWo6r7e7rEycLouWjBARNm4yktU227VOl4FAC8sHvF-HeIQ9WNVL75jssJe4nTJ5cRUGh5XGrjM8_6tckh5WnOiVa_b-5ih3nr9BW9XiP9HvO-0-H11s8fwMIL5Og/s1600-h/melher+e+galinha.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAOYp4ez_up-AIfoWo6r7e7rEycLouWjBARNm4yktU227VOl4FAC8sHvF-HeIQ9WNVL75jssJe4nTJ5cRUGh5XGrjM8_6tckh5WnOiVa_b-5ih3nr9BW9XiP9HvO-0-H11s8fwMIL5Og/s320/melher+e+galinha.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5153508720921624690" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal">O homem ficou ali parado durante muitas horas pensando no que seria sua vida. As horas passavam e ele não sentia, não percebia, passavam vãs na sua mente como se não existissem. Seu pensamento voava longe como quem procurasse algo em um mundo desconhecido, procurando sem saber o alvo da procura.</p> <p class="MsoNormal">Sua idade, ou como ele dizia, sua feliz idade não lhe teria trago até o momento nenhuma grande recordação, nada do que pudesse se orgulhar, nenhum grande amor, nenhuma grande conquista, nem poder, nem nada, era somente vida sem vida. Seu coração às vezes batia mais acelerado, mas normalmente isto só acontece quando alguma lembrança vem à mente, porém não era isto que ocorria com ele, acontecia vindo do nada, sem nenhuma explicação plausível.</p> <p class="MsoNormal">Morava num pequeno apartamento de três cômodos, não muito confortável nem bonito, mas tinha como viver nele sem nenhum empecilho. Este imóvel era sua única grande conquista, trabalhou muito para consegui-lo e, de uns tempos para cá, havia deixado de lutar para mante-lo, não por covardia, mas por simples cansaço. Era demasiado cansativo trabalha para si próprio sem nenhum propósito, não tinha pelo que ou por quem lutar, era solitário, as poucas companhias que teve desde que conseguira seu apartamento foram algumas prostitutas que lhe cobraram bastante caro pelas duas horas e meia de companhia, mas agora não fazia mais sentido chama-las para acompanhá-lo.</p> <p class="MsoNormal">Lembro-se vagamente de uma mulher pouco atraente, mas bastante inteligente que ás vezes lhe telefonava, fazia já algum tempo que ela não aparecia, sentira até um pouco de saudade, e foi então que teve uma recordação bem agradável de uma das ultimas vezes que tinha tido com ela.</p> <p class="MsoNormal">Lembrou-se que tinha saído para jantar, fizeram uma boa opção no cardápio, a comida vegetariana muito lhe agradava. Optara por ser vegetariano desde quando era criança e viu seu pai matar uma galinha na sua frente, a agonia do bicho ao sentir seu pescoço ser quebrado fez o garoto não comer carne pensando no sofrimento do bicho, e naquele instante, no momento da morte do bicho pensou que fosse ele também mataria para dar parada ao sofrimento do pobre animal. E porque tinha pensado nisto agora?</p> <p class="MsoNormal">A mulher que há tempos não via o fez ter saudade agora, foram para a cama uma vez e descobriu naquele instante que era a primeira vez que ela ia para a cama, ele ficou assustado, porém se sentiu lisonjeado. Era estranho uma mulher naquela idade não ter saído com ninguém até agora e, não compreendia por que fora ele o escolhido.</p> <p class="MsoNormal">Junto com a saudade veio também uma angustia inexplicável que fizera seu coração bater descontroladamente quase lhe causando dores, as duas lembranças começaram a ficar confusas na sua mente, a galinha morrendo, agonizando e a mulher na sua cama. A dor no peito aconteceu de fato a ponto de fazer o homem cair no chão. Caído, olhou sem querer para o espelho enorme que tinha em seu quarto, seu grande luxo, o reflexo o assustou, viu a mulher deitada sem vida em sua cama.</p> <p class="MsoNormal">Agora as coisas já faziam sentido, mesmo que não tivesse nenhuma razão lógica para o fato. A mulher estava morta. Ele a matara para não dar continuidade a sua dor de primeira vez. Ele se assustou e se entristeceu ao ver que a mulher sentia dor enquanto ele a penetrava e, por não saber o que fazer, pois não sabia como tratar uma mulher tão pura, assustado com sua face que demonstrava dor e prazer, só se fixou na dor e não quis mais vê-la sofrer, apertou seu pescoço até lhe faltar completamente o ar matando-a. Não teve maldade naquele instante, somente pena do sofrimento que ele imaginava que ela estava passando, só quis poupá-la.</p> <p class="MsoNormal">Chegou perto do corpo e viu que ela estava com expressão de risos, mas desesperada, senti-se sufocado com a visão, sua dor aumentou, o peito latejava, arrastou-se até perto do espelho que ainda refletia a mulher morta, a dor aumentando, teve um alavanco no corpo como se estivesse sendo eletrocutado, batendo sua cabeça no vidro fazendo ele em pedaços, os cacos caíram a sua volta, a dor não parava e ele já estava cansado de sofrer aquela dor e aquela visão. Uma lagrima rolou salgada em sua boca, o gosto do desgosto lhe deixou mais desesperado e um pedaço de vidro fora sua salvação.</p> <p class="MsoNormal">A vida não lhe passou na mente nos últimos instantes de vida, afinal não tinha do que se recordar, só se lembrara da mulher e da galinha. <span style=""> </span><span style=""> </span></p>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-69359000939040538252008-01-05T13:44:00.000-08:002008-03-26T16:05:54.964-07:00O Pecado<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH-z888-jyROhNjSCjEG0rK1jVJIgGqWeharC3myaCk0Bp3kfHkmLHkMVyMgMJyN_BJWoNUVgdwlVnPRQGaRyDPtR4TqCXl-RIi31cAPne9mdWMD_2BFQHA0o__nr6hi3G6c_zxzKwkA/s1600-h/pecado2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5152131144521171026" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 173px; CURSOR: pointer; HEIGHT: 209px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH-z888-jyROhNjSCjEG0rK1jVJIgGqWeharC3myaCk0Bp3kfHkmLHkMVyMgMJyN_BJWoNUVgdwlVnPRQGaRyDPtR4TqCXl-RIi31cAPne9mdWMD_2BFQHA0o__nr6hi3G6c_zxzKwkA/s320/pecado2.jpg" border="0" /></a><br /><br /><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: center" align="center"><br /></p><p class="MsoNormal" style="TEXT-ALIGN: center" align="center"><?xml:namespace prefix = o /><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ela passeava pelas ruas sujas, e a cada vez que passava frente a uma igreja, fazia o sinal da cruz. Essa intimidade com que é sacro dava-lhe um pouco mais de esperança.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Toda manhã era igual... Acordava já com olheiras, sempre doía ao por os pés no chão, e toda vez, ao dar o primeiro passo, suspirava. Caminhava até o banheiro...limpíssimo, cheirava bem... lhe trazia tranqüilidade, mas ao olhar no espelho nunca compreendia o que via.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ligava o chuveiro como se fosse uma dama, mas com muito pesar deixava a água fria escorrer-lhe e, instintivamente, podia quase sentir suas manchas indo todas levadas com o sabão pelo ralo.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Enrolada numa toalha branca, quase rastejava até a penteadeira. Os cabelos molhados dava a ela impressão de pureza... lisos, na altura do ombro, negros quase azuis, era o que tinha de mais belo. Não combinavam absolutamente nada com sua pele ou com seus olhos, ela definitivamente, não era bonita. Tinha seu charme, a leveza de seu andar e o sorriso acolhedor eram seus verdadeiros atrativos.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Penteava-se, punha sempre e somente pela manhã uma roupa leve, discreta e que escondia qualquer possibilidade de sua sensualidade. Saía pelas ruas sem dizer bom dia a nenhum vizinho, com a cabeça baixa, como que envergonhada. Entrava nas lojas e farmácias para comprar o de sempre, os vendedores já a conheciam, porém não tinham idéia de qual era seu nome.<span style="font-size:+0;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ao voltar para casa, já passava da hora do almoço, suas colegas de casa já haviam almoçado. Fez um lanche, levou para seu quarto e não conversou com ninguém.<span style="font-size:+0;"> </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Antes de comer, ajoelhou-se e rezou. Sua primeira frase foi um pedido de perdão já coberto de lágrimas, rezou ... e rezou mais um pouco, agradeceu pela comida, levantou-se e comeu.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Após comer, pegou um velho livro e folheou como quem procurasse um consolo, ou que pelo menos a fizesse esquecer um pouco. Achou no meio do livro um conto, era o que ela procurava. Tratava-se de uma mulher que não queria muito, um pouco só de felicidade lhe bastava, uma felicidade passageira, mas que a fazia sentir viva, útil e mulher*.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Sem perceber, já estava quase anoitecendo. Uma angústia enorme tomou conta de seu peito, mas buscou forças, levantou-se, foi se trocar. Abriu seu roupeiro, tirou de lá uma calça de couro feita sob medida para ficar bem justa... uma blusa curta e decotada, as sandálias eram o toque especial: salto bem alto, solado grosso, tema de pele de onça. Estava pronta.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Algum tempo depois gritaram seu nome. Ela passou um batom vermelho, olhou-se novamente no enorme espelho atrás da cama, suspirou e... desceu.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ao chegar ao final da escada já havia alguém esperando. Era o mesmo de duas semanas atrás.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Entraram no quarto, ele foi logo avisando que queria algo novo, talvez uma dança. Ela prontamente colocou uma música e se pos a dançar. Hoje ele não queria meia hora, poderia ficar a noite toda... ela engolia a seco, dançando e tirando a roupa....</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ele olhava deliciosamente para sua musa, e há muito já sentia a reação de seu corpo.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Deite-se.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ela obedeceu.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Vire-se</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ela virou.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ele pousou sobre ela e beijou-lhe todo o corpo, desde a nuca até os pés. Bruscamente, colocou a moça de frente, olhou em seus olhos e percebeu sua excitação. Beijou seu pescoço, seus ombros, seus seios, lambeu sua barriga e parou diante de seu sexo. Ficou olhando durante um tempo, depois passou o dedo e provou, como quem prova a massa de um bolo... nesse momento ela gemeu.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Não resistindo nem mais um minuto e ele já estava em cima dela, num movimento frenético de entra e sai e, neste movimento, um pingente de crucifixo de sua corrente batia contra o rosto dela. Ela percebeu e assustou-se com o que ela achava que era um sinal... era Deus querendo dizer alguma coisa. Mas tudo a estava excitando mais...e mais...e mais...até que não agüentaram e ambos gozaram.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Numa explosão de gemidos e balanços, o crucifixo entrou na boca dela e ela. Ela chorou.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Ao final de tudo, ele já vestindo suas roupas, ele pergunta:</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Quanto devo?</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Duzentos reais.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Estão na cabeceira.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Obrigado ... só uma pergunta: Porque voltou?</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Porque você é a única puta que conheço que goza de verdade e com gosto... Acho que gosta do que faz!</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>Logo pela manhã, ela se arrumou como todos os dias, saiu apressada pelas ruas. Entra numa igreja e vai direto ao confessionário.</p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:+0;"></span>_ Padre... perdoe-me, pois pequei!</p>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-71926822916925163082007-12-27T14:13:00.000-08:002007-12-27T14:21:57.526-08:00A NOIVA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_FlSvKmK1BbdzzqEZIY0CMstS5OOC_N6n8pIVtn8S1nB6MRkx9hqTQ1ETz8Sb6NpoglSLIaaog_nDgIkUMO20lyAes9ty1hrqIh0a553nWdNQNL6jVWzDzur3S-iVslHbFzLejHZL8g/s1600-h/noiva.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_FlSvKmK1BbdzzqEZIY0CMstS5OOC_N6n8pIVtn8S1nB6MRkx9hqTQ1ETz8Sb6NpoglSLIaaog_nDgIkUMO20lyAes9ty1hrqIh0a553nWdNQNL6jVWzDzur3S-iVslHbFzLejHZL8g/s400/noiva.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148781416379427186" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">No dia de seu casamento preparou-se para a tão sonhada hora. Aquele era o dia mais feliz.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Maria olhava incessantemente para o relógio, estava preocupada, o vestido ainda não chegara, ligou para a casa do noivo diversas vezes até que pela última vez ele a avisou que o vestido chegara em sua casa e que ela deveria ir busca-lo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Antes de chegar, um nó na garganta e lágrimas, imaginou que era alegria, mas era pressentimento.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Chegou na casa do noivo, chamou-o, sem resposta. Com o coração apertado entrou na residência e ao olhar no pé da escada encontra-o usando seu vestido, já sem vida.</p>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-64227320104754762602007-12-27T13:58:00.000-08:002007-12-27T14:09:52.888-08:00BOLHA DE SABÃO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTkljghVsQQic-JF_J7zzpIt0Pr2AEdeelf7acNbJPKqi4lAKu8jggGyV6uBWooIO73neQoJk2kXcxsAEvBHl694yRnUneXY65PvqpN3usrNKlTn6IYXZ5UhghJLh2WzS6TqBT6h3l4Q/s1600-h/bolha+de+sab%C3%A3o.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTkljghVsQQic-JF_J7zzpIt0Pr2AEdeelf7acNbJPKqi4lAKu8jggGyV6uBWooIO73neQoJk2kXcxsAEvBHl694yRnUneXY65PvqpN3usrNKlTn6IYXZ5UhghJLh2WzS6TqBT6h3l4Q/s400/bolha+de+sab%C3%A3o.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148777795721996642" border="0" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; line-height: 150%;"><b style=""><i style=""><span style="font-family:Arial;">Pensei na criação do mundo, antes sem forma e vazia, tive medo, fiquei triste e tentei ser Deus, ter poder, ser vida, ter forma e virtude. Queria explodir, como bolha de sabão, estourar, as gotas tocariam o rosto de quem estivesse perto e, mesmo não existindo mais, saberiam de mim, eu seria vida, meu corpo colorido em humanos desajustados. Minha suavidade seria relembrada cada vez que estourasse e quanto mais suave, mais falta faria. Mas não sou bolha de sabão, não sou vida. Talvez...mas não sei o que é. Se soubesse, viveria, seria bolha de sabão, colorida, leve, e admirada até que explodisse.<o:p></o:p></span></i></b></p>Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7767108493882534747.post-45481929092598051652007-12-25T15:12:00.000-08:002007-12-25T15:51:07.541-08:00Então é Natal...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheNV4NuZeGaN6oas62K_V-FN2USHnK4499ou9pzGqJb6HedhfFnl1feAKXR2-skeQI5qMnn_qI1tx4JwjqGcVgKkl3oNTcqHZNoy-nxLxJiRIrE58Qs7xMH7dQ46YjOWPUzQXhJaMtQw/s1600-h/t%C3%A9dio.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheNV4NuZeGaN6oas62K_V-FN2USHnK4499ou9pzGqJb6HedhfFnl1feAKXR2-skeQI5qMnn_qI1tx4JwjqGcVgKkl3oNTcqHZNoy-nxLxJiRIrE58Qs7xMH7dQ46YjOWPUzQXhJaMtQw/s320/t%C3%A9dio.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5148062163976169810" border="0" /></a><br />Eita Natal mais ou menos...sinceramente.<br />O som brega de fundo era bárbaro(pena que nao me lembro o nome da música). A intenção foi ótima, mas é que não tinha jeito mesmo, as filhas foram fabulosas, apesar de todo sobrimento que envolvia o coração de cada uma, elas não paravam de querer agradar. O cuidado com seus filhos, a delicadeza com os pais, a amabilidade com os sobrinhos... tudo isto fez com que a comemoração que eu acho estúpida tivesse algum valor, e este valor que eu percebi não é o tal espírito natalino, mas a percepção de amor fraternal entre membros da família, e que apesar de eu achar qualquer Natal mais ou menos, este pelo menos , principalmente pelo contato com uma família que ainda não é minha, me faz crer que há esperança no mundo.<br />Pode ser, é claro, que as pessoas terão mal gosto musical no futuro se todas pessoas forem criadas da mesma forma que os jovens desta família, mas podemos apostar que se todos receberem a mesma criação, teremos um mundo mais amoroso!Marihttp://www.blogger.com/profile/17279009182788873591noreply@blogger.com1