domingo, 17 de maio de 2009

Adeus borboletas e bolhas...

Hoje não vou me render aos caprichos de minha vaidade.
Hoje, vou me celebrar como alguém que perdeu,
que aos poucos vai perdendo mais e mais,
e perde-se inteiramente dentro de si,
pois é um labirinto
Hoje,
a vida me pregou uma peça,
neste dia sonhei meu sonho mais triste,
Vi que não recupero mais minha idade
descobri-me sem esperanças,
sem sonhos,
sem idéias.
Não sou mais bolha de sabão,
nem borboleta,
nunca fui atiz,
nem meretriz,
nem nunca tive a beleza de Beatriz,
uma moça doce que nunca vou ser
Agora,
dentro de mim
Já não me encontro mais
E não vou me preocupar
Hoje
A vida está assim
Sem sonhos
Sem imagens
Somente desejos
E o que me resta agora?
Somente esperar
Pode ser que nunca venha chegar
Talvez nunca poderei alcançar
Mas
...
Se acaso o acaso me encontrar
...
Eu me rendo
Sem pestanejar