segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O Encontro



Aquele dia Joaquina saiu sem interesse e sem pressentimento. A possibilidade de qualquer encontro nem lhe passou pela cabeça, se ocorresse...não saberia.
Gatos passavam pela rua, lindos e peludos, com seus passos leves e precisos, audaciosos, corajosos, andam como se não houvesse mundo ao seu redor... como Joaquina queria ser um gato.
Destraída com os gatos que passavam um após o outro, repetidas vezes, parou, observou mais, desejou muito e não percebeu que alguém se aproximava. Aquela sombra ficou parada à seu lado, observando o que Joaquina fazia e olhava, ela nem percebia que alguém estava lá porque não acreditou na possibilidade deste acontecimento.
No instante em que resolveu tocar um dos gatos que agora roçava suas pernas, ao abaixar, aquela sombra que nem percebera que estava lá tomou forma e agarrou por trás, vendou-lhe os olhos e levou-a para um quartinho escuro.
Joaquina, neste ponto, já havia desmaiado e só acordou com um peso masculino sobre suas costas, notou que estava sendo violentada...abriu os olhos e viu que ele também levara para o cativeiro um dos gatos que a observava entre miados agudos.

domingo, 17 de maio de 2009

Adeus borboletas e bolhas...

Hoje não vou me render aos caprichos de minha vaidade.
Hoje, vou me celebrar como alguém que perdeu,
que aos poucos vai perdendo mais e mais,
e perde-se inteiramente dentro de si,
pois é um labirinto
Hoje,
a vida me pregou uma peça,
neste dia sonhei meu sonho mais triste,
Vi que não recupero mais minha idade
descobri-me sem esperanças,
sem sonhos,
sem idéias.
Não sou mais bolha de sabão,
nem borboleta,
nunca fui atiz,
nem meretriz,
nem nunca tive a beleza de Beatriz,
uma moça doce que nunca vou ser
Agora,
dentro de mim
Já não me encontro mais
E não vou me preocupar
Hoje
A vida está assim
Sem sonhos
Sem imagens
Somente desejos
E o que me resta agora?
Somente esperar
Pode ser que nunca venha chegar
Talvez nunca poderei alcançar
Mas
...
Se acaso o acaso me encontrar
...
Eu me rendo
Sem pestanejar

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A Recompensa


Ainda assim, por mais que o tempo passasse,e estivesse habituada ao trabalho, não havia para ela nenhuma recompensa. Lembrou-se que há tempos não tinha motivação para continuar, entretanto tinha consciência de que precisava.
Indo para o trabalho, às 05:30h da manhã, pensou novamente porque estava fazendo aquilo, porque havia acordado tão cedo, o que a motivava continuar a caminhada rumo a algo que nem sabia o que era...continuou andando e pensando.
Tropeçou, torceu o pé e quase quebrou o tornozelo. Desesperou-se: o que faria com uma perna quebrada? Como trabalharia?
Andou mais um pouco e a tormenta recomeçou, olhou para a bolsa, já estava agora no ônibus, mecheu em alguns pertences verificando se não havia esquecido nada, tentou ocupar a mente com outras coisas, tentou disfarçar o desapontamento das horas que estavam por vir, porém seu desespero aumentou quando percebeu tinha esquecido algo essencial para trabalhar.
Desceu do ônibus e andou devagar, como quem não queria mais chegar, sabia que precisava, que dali tirava seu sustento, mas não aguentava mais. Rodou um pouco pela cidade, esperou que algum boteco abrisse, entrou num qualquer e, para tomar coragem para o dia que surgia, pediu um bombeirinho, tomou numa golada só. Retomou o caminho...
Chegou ao trabalho as 07:30h da manhã, foi se trocar, colocou seu uniforme, prendeu o cabelo, pegou sua vassoura e espanador e logo foi arrumando o lugar onde iria começar dentro de poucas horas.
O lugar era fechado, não tinha vista para lugar algum, só havia a porta de entrada, não havia nenhuma janela, somente ar condicionado refrescava o lugar, ainda assim era muito incomodo. Havia também um carpete velho e empoeirado, assentos e no mais, só restava recepção e o batente.
Deu o horário de realmente trabalhar, fechou a porta, trocou novamente de roupa: Meia arrastão, bota cano alto, shorts curto, blusa regata, plumas e paetes, faltava o principal, o que a deixava incógnita, hoje não teria jeito, seria realmente vista, faltou sua máscara!
O primeiro cliente chegou, a música começou suave e ela começou dançar. À princípio, ele não notara falta de nada, ela na verdade nem via o rosto de ninguém, a música tocava suavemente quente numa cabine espaçosa. Ela dançava como um anjo, tirando peça por peça, seduzia-o sem mesmo o olhar.
Ao tirar a última peça ele a olhou no rosto e só então percebeu que estava de fato vendo a face da boa moça.
A dança acabou, ele foi feliz à recepção pagar pelo serviço, deixou uma gorda gorjeta e pediu que a recepcionista dissesse para a mocinha que esta era uma simples recompensa por tão belo rosto!
A recepcionista lhe deu o recado ao final do expediente, ela alegre, pegou o dinheiro e saindo do lugar foi direto a um bar vagabundo, chamou pelo garçon e lhe pediu: "Encha-me a cara, hoje tive minha recompensa!"

quarta-feira, 11 de março de 2009

Só por curiosidade!

A curiosidade era seu maior adjetivo. Para tudo tinha uma pergunta e maior do que isso uma dúvida, queria sempre saber o que tinha acontecido, onde tinha ido, quem teria visto e tudo mais.
O caso já se tornara obsessão, não conseguia dormir sem imaginar, matutar o que estava acontecendo naquele exato instante em que não estavam juntos. A dúvida a remoia, doia na alma. Ela sabia que era um problema, que aquilo poderia levá-la a um abismo, ao fim...mas estava fora de controle.
Ligou para seu celular...sem resposta, também ligara em casa, ele não estava. Ligou para o amigo do amigo...e nada. Começou a roer as unhas, e com o passar das horas, arrancou alguns fios de cabelo.
Na manhã seguinte, após uma longa noite de insônia foi até sua casa. Tocou a campainha e a simples demora de um minuto a mais para atende-la, já a deixou nervosa. Atendeu sendo beliscado...Não era ciúme, era curiosidade!
Mais uma vez...não era nada, saiu da casa dela e foi para um bar com amigos, a música alta impediu que ele ouvisse o celular tocar.
Não a convenceu.
Na próxima noite, não teve medo...Ele saiu da casa dela e logo foi seguido sem perceber. Entrou num lugar estranho, escuro e vermelho. Entrou no tal bar que nada tinha de normal. Meia luz, todo preto e vermelho, roupas de couro, pessoas seminuas, silhuetas, corpos, bocas, chicotes, correntes...Ela estava perplexa. Perdeu-o de vista.
Um bom tempo depois, de tanto procurar, acabou encontrando. Estava numa imensa cama de verniz roxa, rodeado de homens e mulheres semi nus, numa grande confusão de línguas e sexos.
Ele notou sua presença e para sua maior surpresa, o que deveria ser uma raiva profunda, era de fato uma excitação sem tamanho e sem controle. Antes que percebesse ela já estava no meio daqueles corpos todos. Sem pudor, sem remorso, sem curiosidade!
A relação melhorou depois disto!Ele comprou um chicote.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Limpíssima




Estava casada há 24 anos e, durante todo este tempo, tudo que tinha feito, era ter sido uma boa esposa, ótima mãe e de 16 anos para cá adquiriu a mania de limpeza.
Passava pano no chão pelo menos 4 vezes ao dia em cada comodo da casa, o banheiro era lavado duas vezes, nunca deixava a roupa para lavar no final de semana, via que estava suja e já lavava, não havia pó em nenhum canto da casa, tudo era brilhante, organizado, perfeito.
O marido era um bom homem, trabalhador e ótimo pai. Vez ou outra tomava sua pinguinha, mas nada de alterações, sempre modorado. Ficava encucado com as atitudes da mulher, chegava ter medo de entrar na sala usando sapatos ou chinelos, procurava não sujar roupas de modo algum, ficava preocupado com tudo que fosse fazer, evitava o mínimo de desorganização.
O sexo por sua vez, era o mesmo da rotina dos dois. Não mudavam a posição, mal tiravam a roupa e sempre que acabava, ela procurava qualquer vestígio de sujeira, e se encontrava, a briga durava horas noite a fora.
Com toda esta obsessão por limpeza, o marido aos poucos foi deixando de procurá-la, sempre tinha uma desculpa na ponta da língua. Verdade era que a mulher não era lá aquelas coisas na cama, mas nunca negou que gostava bastante, pois ela o cobrava, mas o ato sexual se tornara incomodo para o marido.
Desde o início do ano, ela vinha planejando a comemoração do 25º aniversário de casamento, fizera listas para tudo, desde convidados até horários de servir e limpar. O marido acompanhava tudo de longe, procurava não se intrometer e deixar que a mulher resolvesse tudo a sua maneira. Porém, isto tudo o deixava cada vez mais infeliz com a situação.
O dia chegara e a casa estava um brinco. Os convidados iam chegando e ficando um a um impressionados como a esposa, após 25 anos de casada ainda conseguia manter a casa como se fosse de boneca, ela orgulhosa dizia que era parte dela, que gostava dela assim e que tinha a colaboração do marido. Isto tudo o fazia odiar cada vez mais.
Cada passo que os convidados davam, lá estava ela atrás para arrumar, até ela se incomodou, viu que aquela mania estava insuportável, mas era mais forte que ela, pois não parava.
Fim de noite, casa vazia e ela sedenta de amor. O marido já ia disfarçando, dizendo que estava cansado, com sono e, a cada desculpa ela ia se enxendo de raiva e tristeza. Abriu uma garrafa de vinho, e como não estava acostumada a beber, na primeira taça já ficara bem alterada. A intenção era acabar com a garrafa toda, mas no segundo copo mal se mantinha de pé.
Se encheu de coragem, subiu as escadas e abriu a porta do quarto já tirando a roupa para o marido. Ele quase não ligou, pois não queria que fosse sempre a mesma coisa, só de imaginar o que aconteceria no final, não se empolgava com o começo. Ela, mesmo percebendo o que estava acontecendo, fingiu que não viu e foi logo para cima dele. Ele tentava desviar, mas seu corpo reagia, ela aproveitou a situação e se transformou. Deixou de ser a mulher comportada e passou a ser uma devassa.
O marido se assustou, mas aproveitou a situação, mesmo sabendo que a briga poderia ser mais longa que o normal aquela noite. A mulher, de tamanha empolgação, implorou que ele a xingasse de tudo que fosse mais sujo, que a sujasse com palavras e saliva, ele obedeceu as ordens da mulher e ao final de tanto xingamento e na explosão de sabores, ele grita "PUTA".
Ela gozou feliz e não limpou a cama.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Cinema e realidade



Desta vez não vou fazer poesia nem conto...vou dar uma de crítica, ou poderia dizer, mera curiosa, sendo que não tenho autoridade para falar nem julgar o trabalho de tão brilhantes artista. Falo de Claudio Assis (Diretor de "Amarelo Manga" e "Baixio das Bestas") e Mateus Nachtergaele (ator e agora diretor de "A festa da menina morta").
Digo curiosidade por se tratar realmente da vontade de saber até que ponto a arte imita a vida.
Estive pensando como o cinema trata da realidade, se esta é sua finalidade e qual a necessidade de mostrar algumas coisas no cinema que de repente nem são necessárias, bastava a insinuação, se realmente fosse importante para a situação.
Bom, ambos os diretores em muito me agrada, admiro o trabalho deles e os respeito como bons profissionais de suas áreas. A atuação do Mateus é brilhante, ainda não vi o filme que dirigiu, e a direção do Cláudio, é fabulosa, consegue extrair dos atores o que há de mais sombrio em cada um.
Em "Amarelo Manga", a preocupação do diretor é tratar da periferia do Recife, deixa de lado a parte bonita do lugar, nem passa perto da telona o paraíso terrestre que aquela terra pode ser para mostrar o que de obscuro tem em cada um dos moradores de um pulgueiro chamado Texas Hotel, um dos personagens, vivido por Jonas Bloch, faz o papel mais bizarro, ele gosta de matar o que já está morto, compra cadávares para ficar atirando neles, e a cena mais bizarra é quando ele passa o dedo num cadáver e depois experimenta, como se provasse uma comida. A pergunta é: embora a atuação tenha sido perfeita, em qual momento era necessário isto? Em qual parte do filme teria feito falta esta cena se ela não tivesse ocorrido? Aí que complica, qual a intenção do diretor?
N'O Baixio das Bestas, o título é claro, ele transforma homens em bestas, e de fato o filme inteiro é deste jeito, a podridão humana é levada ao extremo, mas num dado momento, há uma cena de estupro, onde creio que por bom senso, não foi revelado a carne, mas ficou somente na sombra, mas percebeu-se claramente o que ocorria, uma prostituta é estuprada brutalmente por mais ou menos cinco rapazes,e o instrumento utilizado para estuprar foi um pedaço de pau. Oras! Pra que isso? Não creio que houvesse aí a necessidade de mostrar este tipo de coisa. Ele conseguiu chocar, quando assisti ao filme quase saí da sala, mas como sou louca por cinema, permaneci. E, apesar de assistir o filme até o fim, não consegui encontrar nada que obrigasse esta situação. Certo é que há uma cena em que Mateus Nachtergaele olha para a camêra e diz como se dissesse diretamente para o expectador que "o bom do cinema é que você faz o que quizer".
Dado esta frase, que é muito interessante, o que o diretor quiz dizer? será que ele tem vontade de fazer tudo aquilo e não o faz porque a vida real não permite? Muito estranho.
Não to falando de moral e bons costumes, mas da necessidade ou não de algumas coisas que talvez não devessem ser levadas para a 7ª arte.
No filme "A festa da menina morta", tem outra cena, que ainda não vi, mas li a respeito, que há uma situação de incesto entre pai e filho. O pai sodomiza o filho. O pessoal de Cannes se assustou e saiu no meio da exibição. Deve ser um grande filme, mas bato na mesma tecla: "Pra que isso?". Será que o momento pediu uma coisa tão absurda? Não estou afirmando que isto não acontece...sei lá, deve acontecer em algum lugar por aí, mas mostrar isto no cinema é necessário?
Será que a arte tem que contemplar a realidade, tipo, será que o cinema deve mostrar coisas da vida? Por que se for assim, este tipo de cinema não está contemplando nem uma situação nem outra. E, ainda se for assim, por que ser assim? O cinema não deveria tratar da realidade, cinema é cinema e pronto. Aquilo das telonas não é real
Bom, pode ser que a arte não precise de necessidade para se colocar, mas uma sodomização de pai e filho? Oras, não vejo isso como coisa a ser mostrada numa demonstração artística.
O que estou tentando dizer é que o cinema tem a finalidade de mostrar em imagens movimentadas o que a princípio eram só fotografias, imagens paradas, coisas assim, daí quando começam a movimentar as imagens, trazem pra ele qualquer coisa, tudo que é possível, desde coisas idiotas, como um super herói besta no meio de Nova Iorque, coisa que não se ve nunca na vida real, como coisas do tipo que citei acima, que nem sei se acontece...mas até que ponto é necessário este tipo de situação.
Alguns estudiosos dizem que a função do cinema é alienar, outros que é de despertar um senso crítico no expectador... Imaginem estes estudiosos vendo estes filmes? Qual seria a reação de cada um. Talvez o primeiro dissesse que isto incentiva a violência e o segundo, por sua vez, argumentaria que a violência diminuiria em função de achar o absurdo em cena. Mas qualquer um dos dois poderiam dizer que, embora tenha havido ótima atuação e direção (talvez eles diriam mesmo isto), o mesmo choque poderia ter sido causado de outro jeito sem ter que mostrar de forma tão cruel e banal a relação incestuosa de pai e filho.
Se o cinema tem somente a preocupação artística, sodomização incestuosa não creio ser arte, se o cinema for a arte imitando a vida, por sorte, não vivemos isto todos os dias ou, ainda se for assim, deixemos o cinema de lado e vejamos um tele jornal, por que daí é a realidade pela realidade, sem querer florear um negócio que só de ouvir falar já dá "coisas".
Enfim, amo cinema, vou assistir ao filme, mas acho que o cinema é pura arte e assim deveria ser tratado, não levado para este lado como se houvesse sempre a necessidade, mesmo que a situação não esteja pedindo a cena em questão, de chocar quem assiste, ou se o choque se faz necessário, porque pode acontecer, que ele não seja trabalhado desta maneira. Devem haver outras possibilidades.

domingo, 25 de janeiro de 2009

E a foda os levou...


Ele começou como quem não quer nada, acariciar-lhe pés, pernas e boca...A cada ida e vinda de suas bem feitoras mãos, um suspiro quebrava o silêncio.
O tormento dos movimentos era fato...algo estaria para acontecer. Sua mente trabalhava freneticamente na busca do próximo ato...e assim foi indo até não aguentar mais.
Subiu em teu corpo morno, beijou tua boca fria, espetou-lhe boca adentro sua lingua e pediu mais, e mais e mais, porém, o "mais" não chegou.
Maria continou quieta, profunda, não sabia o que fazer, por mais que pensasse em fazer, teu corpo não reagia. Ela queria, sim, queria muito, mas não dava, por mais que tentasse. Algo externo a impedia de continuar e de permitir também. Alfredo já estava impaciente, ela podia sentir com clareza...O que era um suspiro excitado, passou a ser um grunhido impaciente.
Ela tremeu.
Ele pensou que talvez não estivesse fazendo da maneira correta, que não estava deixando a pobre e pura Maria tranquila. Ficou triste, se sentiu incapaz.
Maria desesperada por não conseguir e infeliz por sentir que Alfredo estava também muito triste, tratou logo de relaxar, embora soubesse perfeitamente que não conseguiria.
O que queriam não era nada demais, pensaram, afinal era algo planejado a tempos. Era bem simples...
O plano era este:
"Seremos um num mesmo dia e trataremos que seja a primeira vez para ambos. Seremos isto uma única vez e ficará para sempre. Nunca mais voltaremos a fazer, e também não faremos com mais ninguém. Para que sejamos apenas nós mesmos os nossos pares, não permitiremos sequer que algum outro nos veja outra vez, não nos permitiremos mais ser desejados por outras pessoas. Se nos tocássemos novamente, não mais seria puro como a primeira, seríamos o oposto do que somos agora, portanto não nos interessa mais...Só há uma solução: Será primeira e última para sempre, após isto, não mais seremos".
Maria não conseguia relaxar, ficava cada vez mais fria, já formigavam suas pernas e seu pulso, sentia, estava cada vez mais fraco. Alfredo que já sentia o mesmo, desesperou-se com a possibilidade do tempo acabar antes que terminassem...
Não deu tempo.
A irmã mais velha de Maria entrou no quarto e viu um mar de sangue, pulsos cortados e corpos nus sob a colcha branca.